A vida do eleitor brasileiro é absusda e perversa. As eleições para os principais cargos públicos se transformaram em um processo que só cria dúvidas sobre em quem é eleito. O eleitor vota em um candidato e elege outro, ou seja, a imagem criada durante a campanha eleitoral diverge da pessoa física do candidate(a). Seria quase um delito de consumo. O eleitor paga por lebre, e leva gato.
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| Cabral em Paris |
Mas na maioria das vezes, não. Absurdamente, candidatos que já se mostraram enquanto pessoas pouco confiáveis, são re-eleitos com a maior e tranquila facilidade. Nesses casos, a culpa também é do eleitor.
Mas por quê alguém que se mostra inapto a governar, ou legislar, é livre para ser candidato? O país não se importa? Claramente, os partidos politicos não se importam com as pessoas que vão represent-los, mas na verdade não sei por onde começar a responder essa pergunta. O contexto desta pergunta, por mais simples que seja, é muito complexo.
O eleitor é obrigado a votar; não votar é (ironicamente) "crime." Mas seria somente isto que leva o brasileiro votar? Talvez não. Existem vários cidadãos que votam por acreditar no processo eleitoral, por acreditar em democracia, e por também acreditar nas plataformas políticas dos politicos que escolhem.
Porém o que pode fazer o eleitor quando este se vê enganado? Além de deixar de crer naquele candidado específico e tornar-se um pouco mais cuidadoso na escolha da próxima eleição, os cidadãos brasileiros que se decepcionam com seus governantes não têm outra alternative a não ser sentirem vergonha.
